segunda-feira, março 24, 2008

Para que eu leia

Eu estou com medo que não dê tempo de fazer tudo o que eu tenho pra fazer e espero que o tempo não me desepere.
Estou tentando absorver ao máximo toda a cultura, toda a informação e todo o conhecimento que me é oferecido.
Mas é demais, e eu descobri que eu não dou conta.
Descobri que querem que a gente saiba, no mínimo, o básico de todo o conhecimento que existe no mundo há milhares de anos e que o nosso futuro depende disso.
As pessoas estão achando a subjetividade bonita, e a pressa também.
Eu só tenho medo. Medo de escolher errado, de amar errado, de viver errado, de usar meu tempo pras coisas erradas.
Admito, estou sentindo falta de uma namorada e quero me livrar rapidamente de minha tão comum falta de atitude.
A minha sorte de hoje do ORKUT me disse que eu sou uma pessoa culta. É, quem sabe, mas eu acho que estou lendo demais, e talvez não esteja vivendo.
E realmente queria que as pessoas entendessem que eu as quero muito mais bem do que elas pensam, e que o muro onde vivo é feito de isopor (maldita subjetividade bonita!), e que tudo o que eu tenho de incomum é tão comum como camisetas rosas da Billabong.
Queria talvez que as pessoas percebessem que as olho com carinho, e não com seriedade, e que eu muitas vezes falo sozinho.
Queria que entendessem meu amor por certas coisas e minha repulsa por outras, queria escrever um livro, dirigir uma peça, ganhar xícaras grandes e o box de DVDs da Alice e não ter nunca mais que acordar cedo.
Talvez no caminho da dedicação não haja espaço pra sorte, mas quem liga? Muitos de nós já escolhemos ele faz tempo.
Como todos sabem, eu não sou fodão, não tenho olho baixo e nem vou a baladas. Uso boina e colete mesmo, fazer o que, né? Sou laranja, tenho uma tatuagem e o cabelo ruim (é, eu sei). Sou um bom desenhista e um péssimo jogador (generalize ao máximo). Tenho boa parte minha nerd, sabe? Jogo videogame, já gostei de RPG e ainda acho mangá uma das formas mais bonitas de arte.
Ah! E não acredito em coisas como o fato da apresentadore de 6 anos do SBT ganhar R$20.000 por mês ou pessoas serem mortas em postos de gasolina.Mas é tudo realidade.
Eu sei que tem muita gente que não gosta de mim, mas isso também é tão comum...
Hoje eu já não sei o que eu quero fazer de faculdade, sabe?
E não faço idéia de como será o meu futuro.Eu tenho algumas opções, claro, como ser um cartunista famoso, com um filho que adora o trabalho do pai e sempre dá idéias novas para os gibis; ou quem sabe um diretor de sucesso, escrevendo peças e musicais que revolucionariam o teatro brasileiro; e até o escritor de um livro denso, que abordaria as maiores mazelas humanas, com uma foto minha com cara de safado na contracapa.
Besteira, utopias pessoais.
Eu tenho medo de morrer e odeio textos batidos de ORKUT e acho que os animais têm tanta vida quanto nós, portanto é ridículo máta-los apenas porque eles são diferentes e pequenos.
É, talvez eu seja tão complexo quanto um livro de colorir.

quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Texto do Créu - Postado por Renan Créu.

Dança do Créu
Mc Creu
Composição: Mc Créu

"-É créu!
É créu neles
É créu!
É créu nelas
Vãobora que vamo!
Vãobora que vamo!"

Prá dançar créu
Tem que ter disposição
Prá dançar créu
Tem que ter habilidade
Pois essa dança
Ela não é mole não
Eu venho te lembrar
Que são 5 velocidades...

Prá dançar créu
Tem que ter disposição
Prá dançar créu
Tem que ter habilidade
Eu venho te lembrar
Que ela não é mole não
Eu venho te falar
Que são 5 velocidades...

A primeira é devagazinho
É só aprendizado heim!
É assim oh:
Créééééééééééééééu...(3x)
Se ligou? De novo!
Créééééééééééééééu...(3x)

Número 2!
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu
Continua fácil né?
De novo!
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu...

Numero 3!
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu
Tá ficando difícil
Hein!
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu
Créu, créu, créu...

Agora eu quero ver na 4
Créu, créu, créu, créu
Créu, créu, créu, créu
Créu, créu, créu, créu
Créu, créu, créu, créu
Tá aumentando mané!
Créu, créu, créu, créu
Créu, créu, créu, créu
Créu, créu, créu, créu...

Segura dj
Vou confessar a vocês
Que eu não consigo a número 5
DJ, velocidade 5
Na dança do créu
Crééééééééééééééééééééééééééééu
Ahahahahahahahaha!
Crééééééééééééééééééééééééééééu
Ahahahahahahahaha!


Agora me diz: Porque essa letra é a letra mais procurada no site onde eu estava?
Porque as pessoas perderam completamente a noção das coisas.
Foi tanta informação, tanto conhecimento, tanta velocidade centrípeta e binômios que nós perdemos a referência do mundo.
Tudo bem, dançar isso é uma coisa, até porque é divertidíssimo chegar ao fim e ver seus melhores amigos chacoalhando como loucos. Agora, procurar a letra?
Digam-me: com qual finalidade? Por que as pessoas querem ler isso? Por acaso eles não entenderam a parte do "créu"? Ou pode ser a do "Crééééu" e talvez até a do "Créééééééééééééééééééu."
Sim, eu sei. Muita poesia para um texto só.
Além disso, o nome da música é a Dança do Créu composta pelo MC CRÉU! E as pessoas ainda procuram ler a letra!

É, só isso. Agora, me dêem licensa que eu vou procurar a cifra pra tirar uma versão acústica dessa música no meu violão...

domingo, fevereiro 10, 2008

Sob o Sol de Watts

Ele parou de se mexer, e meus olhos ardem de tanto olhar pra luz.
Calma, eu vou contar por quê:
Eu estava sentado em frente ao computador pensando sobre qual seria o tema do post de hoje. Exatamente quando eu concluí que não tinha nada sobre o que falar, um inseto entrou no meu quarto. Pequeno, de uma cor verde exatamente igual à de uma folha.
Como era perigoso ele ficar aqui dentro, eu saí do meu quarto, fechei a porta e fui até a cozinha, pegar um copo para colocá-lo dentro.
Quando eu voltei, ele havia entrado dentro da minha luminária, á procura do de que ele havia vindo buscar: luz.
E ele entrou e não conseguia mais sair, e eu me senti inútil por não poder fazer nada. Eu apagava a luz e ele continuava lá, eu mexia na luminária e ele não percebia, afinal, ele não sabia que eu tentava ajudá-lo.
E eu me impressionei em como nós somos iguais aos insetos, e como Deus (ou Alá, a força da natura, nossa mente ou seja lá em que força superior você acredite) sempre tenta nos ajudar e nos avisar das coisas que fazemos e não sabemos que são erradas, mas nós não percebemos, porque, como o inseto verde, nós simplesmente não sabemos que estão erradas e não percebemos como eles estão do nosso lado apagando e acendendo a luz para que a gente perceba que o que a gente acha que é Sol na verdade é uma lâmpada fluorescente em um abajur.
Ele agonizava, mas com certeza não sabia o porquê. E essa é hora em que fazemos todas as associações possíveis e você relaciona essa analogia ao que quiser: drogas, decepções amorosas, escolhas erradas, etc.
E é quando esse tipo de coisa acontece que eu sei que algo muito maior toma conta disso que chamamos de mundo, e sempre tenta nos avisar dos nossos erros, e sempre se entristece quando ele percebe que, por natureza, nós não conseguimos ouvir o que ele (ou ela, ou aquilo) diz.

E ele ficou lá, agonizando por um bom tempo, até que eu percebi que ele parou de se mexer, e meus olhos doem de tanto olhar pra luz.

sábado, fevereiro 09, 2008

Tirando a poeira.

Esse blog não está entregue as moscas. Pelo menos ainda não...
Só para atualizar mesmo, estou muito cansado para desenvolver qualquer assunto.
Acabei de acabar meu novo álbum do ORKUT. Foi um longo processo, mas valeu a pena (parece que eu acabei de ser eliminado do Amazing Race e estou dando meu depoimento final...).
De qualquer forma, vou dormir porque amanhã eu tenho aula cedo.
Não, eu ainda não estou bitolado a esse ponto. A aula é de Teoria Musical...

Bom, a gente se fala. Só não escrevo mais porque eu ainda tô de ressaca do Carnaval.
(essa é a hora em que vocês riem loucamente por associar Renan a Carnaval e ressaca.)

terça-feira, janeiro 29, 2008

"Acorda, menina!"

Prometo, é o último post sobre Televisão.

Mas acontece que eu fiquei sem reação ao assistir Mais Você hoje (sabe, o programa da Ana Maria Braga, aquela lá, do papagaio verde...)
Então, no momento em que eu liguei a televisão eu me deparei com a Ana Maria fazendo um duelo de piadas com o Louro José. Rídiculo, eu sei, mas até aí, sem problemas.
O que me deixou besta foi o que aconteceu a partir dessa piada:
- Louro José, o que é um pontinho vermelho na feira?
- (voz do Louro) Não sei, o que é?
-É um Caqui Pererê!
Sim, você deve estar pensando que chegamos ao ápice do rídiculo. Mas não.
Tolinhos...O problema é que, como a piada não tem nexo nenhum, a Diretora do programa a desconsiderou ao vivo, dando um ponto para o Louro José e fazendo com que ele vencesse o Duelo.
E não é que a Ana Maria ficou brava? Começou a falar que não ia mais brincar daquilo e mandou chamar os comerciais, chateada por ter perdido o Campeonato de Piadas com o Louro José.
Aí eu me pergunto: Qual é o problema dessas pessoas? Ela estava competindo com um fantoche! Com a mão de uma pessoa envolta em um boneco de espuma! Não tem problema você perder, principalmente quando você perde para um boneco inanimado que não tem capacidade de sair do murinho bege e com uma piada que, convenhamos, é vergonhosa de tão sem nexo.
Depois as pessoas se perguntam porque as donas-de-casa preferem o Programa concorrente. Ninguém merece ver Bial, Ana Maria e cia. tendo "pitis" em seus programas. Tudo bem, eles devem estar de saco cheio de apresentar sempre a mesma coisa (vide Bial dizendo há 8 anos: "Salve, nave Big Brother!"), mas isso não significa que eles precisam descontar em seus colegas (fantoches) de programa.

É, só queria dividir a minha indignação com vocês, e dizer ao Louro José para que ele não se chateie com as mudanças de humor repentinas da apresentadora, afinal de contas, isso só acontece porque ela sabe que ele é a grande estrela do show.

sábado, janeiro 26, 2008

A Rua-sem-saída

Segunda-feira, 13:45.
Essa é a história da Rua-sem-saída.
Muitos podem não acreditar, mas ela tinha vida própria.Tanto que, em uma tarde quente de verão, ela levou um carro para dentro dela, sem avisá-lo que ele nunca mais voltaria.
Acontece que o carro quebrou justamente quando estava na Rua, e não havia meio possível daquele motorista empurrar o carro ladeira acima. Ele simplesmente desceu do carro e coçou a cabeça calva.
Ah, você não sabia que a Rua-sem-saída era uma ladeira? Sim, e das mais íngremes e traiçoeiras. Dizem que, durante a noite, os moradores da rua ouviam baixinho seus risos, por ter conseguido mais uma presa.
Quanto ao motorista calvo, seu nome não interessa. O que interessa é que, justamente no momento em que ele olhava para os lados pensando em uma solução, uma das moradoras saiu de sua casa e viu a futura presa da Rua-sem-saída. Assustada, voltou para casa e olhou pela janela de sua casa o motorista perceber que seu celular havia perdido o sinal.
"Era sempre assim", ela pensou. Naquela rua nunca havia sinal, e nunca havia tido.
Era uma rua longa, e ninguém nunca havia saído de lá. Lá, naquela rua, eles tinham tudo o que precisavam para sobreviver. Ninguém nunca ousava sair de lá, e quem o fazia, nunca mais voltava.
Quando começou a escurecer, a jovem moradora, comovida pelo desespero do motorista, o convidou para dentro, e nem percebeu a fúria sussurrada da Rua no vento.
Durante um chá quente, ela lhe contou tudo sobre a Rua, e que o havia salvado da morte. Preparou-lhe uma cama e lá ele dormiu durante a noite. Depois dos pesadelos, a manhã veio e com ela outras se seguiram.
Anos se passaram, e como sempre, todas as vezes que algum carro entrava na Rua, todos os moradores se escondiam em suas casas e só escutavam os gritos.
Ele nunca ousou sair de lá, e com o tempo, motorista e moradora se apaixonaram.
Decidiram fugir, pois Rua, avenida ou viela nenhuma impediria o amor dos dois. Chamaram todos os moradores e explicaram sua situação. Nem todos, porém vários se comoveram e decidiram ajudá-los.
O plano era o seguinte: de madrugada, todos sairíam de suas casas e ajudaríam os namorados a levar o carro ladeira acima. Todos estavam conscientes do risco daquela tarefa, mas não podiam deixar que a Rua acabasse com o destino dos dois.
No dia, enquanto subiam a ladeira com o carro, perceberam um barulho, que aumentava mais com o tempo. Com tudo escuro, nada enxergavam, apenas continuaram a levar o carro.
Até que viram.
A luz dos faróis quase os cegaram. No começo da rua, entrava um carro, mais uma vítima, em altíssima velocidade, sem saber que estava indo para a Rua-sem-saída. Ambos os carros bateram, e juntos desceram a colina, matando muitos dos moradores da Rua.
Na descida, o motorista calvo conseguiu se esconder em uma casa, vivo, porém ferido e sangrando, chorando aos prantos pela provável morte de sua amada, até que ouviu o barulho.Quando saiu, viu que a parede da Rua sem saída havia sido quebrada, e todos os moradores saíram em direção a liberdade.
Viu sua amada morta, e chorou. E, sem saber por que, foi em diração ao começo da Rua.
Lá chegando, viu todos os moradores que haviam fugido cruzando a esquina e entrando novamente na Rua.
"Não, voltem!" Gritou ele. "É uma armadilha! Vocês voltaram para a Rua!"
Mas ninguém o ouviu. Estavam cegos pela idéia de liberdade.
Ele continuou seu trajeto até o começo da Rua, sem nem saber porque o fazia, e quando percebeu, tinha voltado a Avenida onde seu carro tinha começado a dar problema.
Olhou no relógio: 13:45. Era uma segunda-feira.
Chorou. Chorou por ter sáído daquele pesadelo, por sua amada, pelos moradores, por sua vida.
Com seu sangue, esqcreveu no muro da esquina:
"RUA-SEM-SAÍDA ->"

Acontece que choveu aquele dia, e o aviso sumiu para sempre, junto com a Rua-sem-saída.

quinta-feira, janeiro 24, 2008

Caneca jóinha!

Ok, eu ganhei um selo.
E não minto, estou felicíssimo. Porém sinto dizer que não tenho ninguém para quem passá-lo.
É, eu sei, é uma vergonha de minha parte. Mas fazer o quê, é a vida não? Um dia nós temos blogs para indicar, no outro não, e por aí vai...

De qualquer forma, muito obrigado, http://www.ocatadordeconchas.blogspot.com/ pela indicação!

Ontem, enquanto eu assistia pela 15ª vez o Fabuloso Destino de Amelié Poulain, eu começei a pensar em quais são as coisas simples e (aparentemente) bobas que eu gosto e desgosto de fazer. Vamos lá.

Eu gosto de:
1 - Cheirar o pote de Toddy.
2 - Sentir diferentes texturas nos produtos do supermercado.
3 - Segurar a caixinha de Caldo Knorr (é porque ela é quadrada, sabe...)
4 - Me cobrir inteiramente quando está muito frio e ter algo próximo de um ataque epilético debaixo do cobertor.
5 - Assistir a filmes muito antigos em preto-e-branco
Eu não gosto de:
1 - Imaginar-me mordendo papelão
2 - Segurar folha de jornal
3 - Esperar o elevador com um vizinho cujo você não possui assunto nenhum (nem mesmo o tempo...)
4 - Ir ao cinema com mais de 5 pessoas
5 - Calça Jeans

Informações inúteis, porém necessárias (leia-se: nunca me dê uma calça jeans de presente).

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Confissões de um não-fodão.

Primeiro o fato:
São Paulo, fim de semana. Eu estava em uma lanchonete.
Até aí tudo bem, mais um dia normal, eu preparado para comer como um porco, como é de costume, rezando para não trombar com ninguém chato e olhando por cima do cardápio para ver como estava a situação no ambiente.
Até que, enquanto eu decidia entre o hambúrguer de 300g ou o de 500g senta-se do meu lado uma menina que figura entre as mais, se não a mais linda que eu já vi em toda a minha vidinha medíocre. Sim, perfeita, com tudo na medida exata, sabe, o tipo de pessoa com a proporção Phi em todos os cantos do corpo. Mas não vou discorrer sobre isso porque não é esse o ponto onde eu quero chegar.
O fato é que eu passei todo o tempo dividido entre comer meu lanche e olhar pra ela, exatamente na seguinte situação:
"Meu Deus, que menina linda! Olha isso, será que ele é namorado ou irmão dela, se for irmão tudo bem, mas se for namorado até que ele é bem sonsinho, né? Bom, afinal eu...Merda! Para de encarar ela, que chato, aposto que ela já percebeu...Mas não é o que os meninos fodões fazem? Encaram e fazem cara de safado? Não é a ordem natural das coisas!? Ah, mas nunca que eu faço isso, se bem que...Hum, mas não é que esse lanche é realmente bom? Ai merda, ela tinha que sentar justamente de frente pra mim...não olha, não olha, não...Gente, ela é muito bonita, como isso é possível? Hum, cheddar!"
Sabe, o problema é que eu sou um pato.
Sim, essa é a verdade. Eu nunca vou ser fodão pra ficar encarando uma menina com cara de safado insaciável, e muito menos chegar e falar "Meu, te achei, tipo assim, muito gata mesmo, sabe?".
Eu não nasci pra esse tipo de coisa, e essa menina e todas as outras que conseguem tirar a minha atenção do milk shake de chocolate nunca vão saber o quanto eu as achei perfeitas, pelo simples fato de eu nem cogitar a hipótese de olhar pra alguma delas de esguelha e falar: "E aí? Tudo certo, linda?".
Além de tudo eu não sou nenhum pouco fodão. Não sou nenhum David Beckham, não sou engraçado, não tenho amigos machos urrantes com quem eu saio pra beber e paquerar as "minas" (por sinal, mesmo que eu tivesse, eu não sairia), não sou bom em nenhum esporte...Bom, a lista é extensa.
Pelo menos eu me amo e tenho saúde...isso é um começo, não é?
É, essa é minha vida. E por sinal, se você for a menina linda da lanchonete, avise-me e eu te escrevo um poema.
Quem sabe daí você percebe que eu existo.

Ah! E só pra deixar claro: eu escolhi o hambúrguer de 500g.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

"O melhor!"

Uma das coisas que eu mais gosto na televisão são as propagandas, mais especificamente as ridículas.
Isso! Aquelas que você para e pensa: "Como a pessoa que criou isso conseguiu se formar em Publicidade e Propaganda?"
Uma das minhas preferidas, sem dúvida, é a da Dolly. Desde sempre ela foi ridícula, com garrafas suadas e voadoras que derramam rios de Dolly em meios a refrescantes sussurros de : "Ahhh..." ou "O melhor..." com uma música de fundo que só não é mais ridícula porque não é cantada por mim.
Não bastasse isso, eles me criam o Dollyinho, o programa da Dolly e a garota Dolly! Toda uma vertente de produtos, programas e propagandas com qualidade zero. A Garota Dolly me dá até dó, porque eu sei que ela deve estar morrendo de vergonha de ir até as casas das pessoas, entregar geladeiras lotadas de Dolly e depois banhá-las (isso mesmo: banhá-las) com Dolly no meio da rua.
Sim, eu presenciei esse episódio no último programa da Dolly, que é uma das minhas maiores diversões de Domingo. Sério, não existe nada melhor do que ver o povo brasileiro tomando chuva de Dolly uva (por sinal, o mais novo lançamento: Todo o sabor de Dolly com o gostinho da Uva). Qualidade: zero.
Além desse, existem os de cerveja. Esses sim são clássicos. Praias ensolaradas, mulheres lindas se esfregando em cervejas e homens feios, baixinhos e barrigudos tendo um verdadeiro harém em meio à praia, com todas as mulheres mais lindas do Brasil. Isso quando não colocam atores globais e cantores para fazer um jóia e apontar pra cerveja. Originalidade: zero.
Outras que me irritam são as de perfumes: Uma mulher correndo com um vestido enorme em meio a um campo aberto para no final pegar o perfume e olhar com cara de safada para a câmera. Daí no final tem a clássica voz feminina e francesa falando algo como:
Leffant Jeté Latrréc Padux Montffá two one two, the new ffrragrancé ffrrom Carolina Herrera"
É, a lista é extensa: Existem os da Polishop, os do Chat line (ou chat amizade, ou bate papo legal, ou Telefone da Galera...), os do SBT em geral e muitos outros que nem merecem ser citados.
E, dentro de tanta coisa podre, só pra finalizar eu deixo aqui escrito o meu profundo respeito por todos os publicitários que trabalham na Coca-Cola, pois não existe trabalho de marketing melhor do que aquele no mundo.
Também, da empresa que inventou o Papai Noel como o conhecemos hoje, eu não esperaria nada menos.


Essa postagem foi dedicada ao seguinte scrap:
Barbara diz:
Sabe um tema que voce poderia usar no seu blog?O comercial da Coppertone, não hã nada que mais me irrite do que pessoas abaixando o biquinis das outras e ficando seminuas na tv! E eles riem, e tem música de fundo!E o pior! Como se não bastasse, o cachorro no final também tira sua lasquinha e arranca o biquini na menina principal!Blagh!

sábado, janeiro 12, 2008

Batata Sensações (de nojo)

Existe uma coisa que me assusta muito no mundo, mais do que qualquer cátastrofe natural, desgelo dos pólos, buracos na camada de ozônio e aquecimento global:
Os alimentos de sabores trocados.
Acredito que vocês já saibam do que se trata. Se não, eu exemplificarei:
Há um desequilíbrio no mundo, que pode ser chamado pelos mais ousados como falta de criatividade, que faz com que os criadores de novos produtos realmente acreditem que os consumidores vão gostar de comer uma batata sabor bacon e um bacon sabor batata.
Talvez eu seja o único, mas eu acho isso incrivelmente bizarro e assustador, afinal de contas, se você quer sentir o gosto da batata, porque não comer uma batata? Não, nós temos que nos contentar com um bacon sabor batata já que não existe mais batata sabor batata, e sim sabor azeite e ervas, churrasco (?), peito de peru, azeitonas, requeijão e até Inhame!
E se isso não te assusta, tenha calma, pois existem ainda mutações maiores: Maionese sabor azeitona, shampoo de chocolate, chocolate sabor laranja, requeijão sabor gorgonzola, Polenginho sabor chocolate e Toddyinho sabor napolitano.
Depois eles não entendem por que as pessoas são infelizes, crianças crescem problemáticas e a maldade reina sobre o mundo.
É a batata sabor bacon, o vilão mais temível que o mundo atual está enfrentando. Ninguém consegue ser feliz e bom sobrevivendo desse tipo de alimento. Ninguém merece ter que engolir esse tipo de mutação que é vendida nos supermercados como: "a mais deliciosa inovação de sua batata.".
Não se deixe enganar, prefira alimentos normais.



É, o mundo desaba quando criarem sucos sabor refrigerante.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

"Fala Bial!"

Ontem começou Big Brother Brasil 8.
E sabe, a idéia até que é boa: Colocar 15 pessoas extremamente diferentes entre si dentro de uma casa, 24/7, e propor situações que transformam todos os (falsos) amigos em animais que só pensam na proposta final: o dinheiro.
É simples, mas mesmo assim, existe algo na fórmula que transforma o programa em um enorme sucesso que se repete faz oito anos. Na verdade, é bem simples. Vamos ver:
Primeiramente, a fórmula básica do programa consiste em tratar seres humanos como ratos de laboratório, observando suas ações e as respectivas reações para cada uma delas.
Pode parecer besteira, mas esse programa é mais do que entretenimento nas noites da semana. É filosofia! Afinal de contas, dentro da casa não tem que se seguir nenhuma das regras impostas como certas pela sociedade, e o "prêmio", a conquista, o dinheiro estão explícitos no final do caminho. É a vida tranformada em jogo da maneira mais clara possível, afinal a vida é uma BBB. Vestibular, emprego, amor, tudo isso nada mais é do que o milhão no final da jornada.
É a seleção natural monitorada por câmeras, e quem faz o papel de Deus é o povo, e só sobrevive quem se adapta ao que o povo quer ver, seja isso o moço bonzinho, o caubói simpático, o engraçado e feio, o homossexual crítico, a pobre que precisa do dinheiro ou o bonitão que cata todas.
É um museu de tipos, de emoções e de fatos que nos remetem à nossa própria vida e é por isso que, mesmo falando que odiamos, não conseguimos deixar de vibrar com cada vitória, ou chorar a cada paredão de pessoas que nem conhecemos, mas nos tornamos íntimas apenas por partilharmos das mesmas emoções e fraquezas.
Além de tudo, homems e mulheres que beiram a perfeição e vão da piscina pro banho e vice-e-versa satisfazem a luxúria dos mais necessitados.
Sim, nossa vida é um jogo, mas falta o Pedro Bial narrar.


E só para deixar claro, eu estou torcendo pela Bianca e eu quero que saia no primeiro paredão aquele cara cara idiota de verde que se acha muito fodão.

terça-feira, janeiro 08, 2008

O Reino das Penas

Sim, o Sol não faz muito bem à nossas cabeças...

"No Reino secreto dos pássaros, debaixo de árvores, troncos e algumas folhas verdes, vive o Rei dos Pássaros, conhecido popularmente pelos humanos como Tucano. Os humanos, que desconhecem seu nome verdadeiro, Lorde Tukanom, também desconhecem o mundo de maravilhas aéreas conhecido como: O Reino das Penas.
O Castelo de barro construído por milhares Joãos-de-Barro durante mil anos, encontra-se em um Baobá africano, e enconde maravilhas que nenhum ser humano pode imaginar. Dentro de suas paredes de barro, o Lorde guarda tesouros que o homem nem imagina. Seu bobo da corte é uma arara, e todas às noites, pombas brancas dançam ao som da banda: Papagaio's Six, com papagaios cantantes de smoking e uma bandleader Cacatua, que enlouquece os pássaros jovens com seu característico smoking branco.
Lorde Tukanom comanda e reina sobre todos os pássaros do mundo, e todos os anos eles migram para encontros anuais em diferentes lugares do mundo, sendo que sua sociedade vive em paz e harmonia. Não há guerras, religião, e o Rei Tukanom é justo com e para todos.
Mas o que eles não sabem, é que o irmão do Rei, uma Águia que foi expulsa do Reino por matar um de seus semelhantes, vem armando um plano para matar seu irmao e tomar o poder junto com seus ratos zumbis, que trabalham como escravos em montanhas do Norte.
Enquanto isso, um pobre pardal que trabalha na cozinha real apaixona-se por uma borboleta que foi ferida no caminho de casa, mas descobrem que seu amor é impossível, pois é impossível um pardal amar uma borboleta.
Tempos difíceis estão para vir no Reino das Penas... "

sexta-feira, janeiro 04, 2008

A Lenda dos 13 anos

Eu vou contar um conto de fadas pra vocês:

"Era uma vez, em um bairro não tão distante do seu, no Mundo dos 13 anos, um jovem pré-adolescente de 13 anos..."

Pausa, O fato dele ter 13 anos faz com que a história seja um pouco...tensa, afinal de contas, os 13 anos é a fase mais ridícula e dramática da vida de uma pessoa. Então só continue a ler se você tiver muita coragem e determinação.
Está avisado.

"Como eu ia dizendo, um jovem pré-adolescente de 13 anos. Ele era estranho, mas não sabia. Não fazia idéia do quanto seu cabelo era estranho, de como ele deixava sua cabeça muito próxima a um cogumelo (não que hoje ela seja tão diferente), e de como era bizarro ele levar todos os dias para a sua escola, em um reino pouco mais ao norte, todos os dicionários de português-espanhol, português-inglês, português-português e até uma mini-gramática, em uma enorme mochila vermelha.
Ele tinha um pombo-correio muito querido chamado Hemy Ese Hene, e o usava com grande frequência para se comunicar com reinos não tão distantes e até com pessoas do quarto ao lado. É que ter pombas era moda naquela época, e no Mundo dos 13 anos, seguir moda era regra.
Era muitas vezes motivo de riso na corte, como no dia em que colocou sua sunga real ao contrário (Atenção: não do avesso, ao contrário) e foi nadar no Mar; ou quando resolvia dançar no meio do Pátio do castelo. Por que ele fazia isso? É e sempre será um mistério...
Bom, como todo bom conto de fadas de 13 anos, ele tinha que se apaixonar. E isso aconteceu.
Hemy Ese Hene entregou várias cartas instântaneas à Camponesa em nome do prícncipe, que escreveu poemas, fez juras de amor eterno e deixou seu cabelo de cogumelo crescer mais a cada dia, achando que seria bonito.
O problema é que a Camponesa era cortejada por todos os príncipes da Corte, e quanto á isso, nosso destemido (?) herói nada poderia fazer, pois era, na verdade, um completo tapado.
Um dia, a doce princesa do Norte, Franjé Curtón (do frânces: Franjinha curta) se apaixonou pelo princípe, e deu início ao primeiro triângulo amoroso da história.
Ele se desenrolou por muito tempo, e muitos hoje nomeiam esse episódio como: As Cruzadas.
Até que a doce Fada do Tempo, que há muito tinha sido banida do mundo dos 13 anos por ser sã demais, resolveu que era hora de dar um basta naquilo, e enfeitiçou os três com uma magia desconhecida pelo povo, e desde então nunca mais se ouviu falar dos três. A única coisa que se sabe é que a última mensagem que Hemy Ese Hene mandou a Camponesa foi:
"Você está colocando um ponto final onde poderia ser uma vírgula."
E a frase, de tão profunda, foi capturada junto com a pomba, e nunca mais se ouviu falar do Hemy Ese Hene do Príncipe.
E como dito, eles sumiram e ninguém nunca mais soube do paradeiro deles. Mas, mesmo não querendo acreditar, os loucos do castelo ainda dizem à toda hora ao povo que com eles, aconteceu a mais terrível maldição que se pode acontecer no mundo de sonhos dos 13 anos:
Eles cresceram."

Baseado em uma história real.
Para mais informações acesse:
http://www.wonderful_life.weblogger.com.br/

Repasse a corrente em cinco segundos ou morra.

Olhem, a Mari, do blog "Era só uma menina..." participou de um "seiláoquê" onde ela tinha que colocar o Desktop dela, explicar e indicar mais cinco pessoas para colocar seu Desktop e assim vai, como a corrente da Samara, sabe? Mande para 15 pessoas ou você sofrerá no fundo do poço...

Sinceramente, não sei qual a finalidade, mas vou colocar o meu:


É, eu sei.
Eu até pensei em mudar, e colocar uma linda imagem de um Sol Nascente no horizonte violeta para que você pensassem:"Nossa! Que menino sensível e de bom gosto."
Mas resolvi ser sincero. Esse é o meu desktop.
Por quê? É simples: Depois de usar o computador, me dá uma preguiça enorme de seguir o seguinte processo: Iniciar, Desligar o computador, desligar de novo (por que nos fazem apertar os botões duas vezes? Que raiva...), e esperar horas a fio o Windows salvar as configurações.
Tá...são alguns segundos.
Mas é tempo economizado desligando direto no estabilizador.
Eu sei, eu sei. É errado, prejudica o computador, e a preguiça é um dos sete pecados capitais. Mas quer saber? Ter de esperar o computador desligar devia ser um deles também.
Aí, quando eu o ligo novamente, dá esse erro no Desktop e meu wallpaper some.
E sim, eu não tenho e nunca tive nenhum ícone na minha área de trabalho. Acho que fica poluído demais ( é nessa hora que vocês pensam: Nossa! Que menino sensível e de bom gosto!)
Pronto, tá explicado. Prometo que vou colocar uma imagem linda de cavalos correndo no Sol poente algum dia.
Mas não hoje.
E ainda tem um problema maior:
Eu não tenho pra quem passar a corrente, afinal, só conheço o meu blog e o da Mari (So sorry, Mari. Mas eu ainda te amo).

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Companheiros...

"Para fazer saneamento básico, tem que cavar um buraco, enfiar o tubo e tapar o buraco" - Lula, Presidente da República, Agosto de 2007.

É com essa magnífica frase que abro a postagem do dia.
Tudo bem, eu não ligo que ele tenha menos de 20 dedos (contando pés também, só pra deixar claro), já tenha sido peão e coisa e tal. Pelo contrário, acho que isso faz com que ele tenha uma visão melhor do Brasil do que muitos outros políticos, que já nasceram em berço de ouro.
Mas, convenhamos, é burrice da parte dele se sujeitar a falar tais coisas para o povo. Pois o povo brasileiro não é só composto de classe baixa, e ainda assim, muitos da classe baixa falam muito melhor do que ele.
Tudo bem se ele não falava um português formal e usava expressões que usamos em uma conversa entre amigos, mas como eu disse: Falava. As pessoas mudam, aprendem, crescem.
O nosso povo não pode ser representando por uma pessoa que confunde alemães com espanhóis em uma coletiva de imprensa na Alemanha, que diz que o presidente da Rússia, Putin, ficou putin com a Brasil (o que por sinal é um trocadilho ridículo), ou que cita Raul Seixas para explicar por que queria a CPMF.
Não digo também que os outros países estão em situação melhor, afinal, enquanto no nosso o Presidente fala besteiras, em outros os presidentes matam pessoas e nem se pergunta o porquê.
É, mais uma prova que o mundo anda de cabeça pra baixo. Xuxa para as eleições de 2010! Um governo feito por e para os baixinhos.
Não me entendam mal, por favor. Não critico a Presidência de Lula, e não tenho intuito algum de discutir política aqui. Mas que eu fico besta, e sentindo uma enorme vergonha alheia de ver as gafes de nosso querido ex-peão em frente ao mundo, eu fico.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Sobre as cores e o corpo humano

Sim, eu sou ocre.
Não estranhem, até porque tavlez vocês também o sejam e nem sabem. Mas eu vou explicar como ocorreu minha descoberta:
Eu sempre me considerei branco, e colocava no ORKUT que o meu tom de pele era caucasiano. Mas um dia, enquanto apontava meus lápis de cor, percebi que a minha pele era da mesma cor que o lápis de cor ocre, mais exatamente o número 083 (referência: Faber Castell). Sabe, aquela cor que, quando éramos pequenos, pintávamos os índinhos no trabalho de escola? Essa mesmo.
No começo eu estranhei, como eu podia ter deixado de ser branco de um dia pro outro? Mas, parando pra pensar, até que fazia sentido: eu tenho descendência indígena, e talvez muitos não saibam disso, mas a minha bisavó por parte de mãe era índia; meu avô era negro, minha mãe morena e meu pai branco, misturamos as cores e veio um filhinho ocre ao mundo. Interessante, não?
E tem mais: Quando eu tomo Sol, eu fico laranja! Sim, mais precisamente a cor 013 do lápis de cor, se vocês quiserem ter uma idéia de qual é.
Isso é interessante, não? A gente as vezes divide tanto as pessoas como negro, branco, amarelo... Mas o mundo é uma caixinha de lápis de cor. Tem gente que é rosa, gente que é ocre, gente que é branco perolado, gente vermelha, gente que fica vermelha, gente amarela, gente bege, gente ocre, marrom claro, escuro, preta, branco leite...

É, Deus é realmente um artista e tanto.

"Como vai, Galisteu?"

Existem algumas coisas estranhas na vida.
Uma delas é o fato do programa Fantasia, que passa no SBT, ter como público alvo mulheres de meia-idade, donas de casa, que ligam pro programa para participar dos jogos.
Até aí tudo bem. O que eu não entendo é porque o Silvio Santos resolveu colocar no programa 30 mulheres lindas de biquíni que cantam hinos dos principais times de futebol, sendo que as palavras-chave para que as pessoas liguem estão pintadas no corpo das moças, e elas devem desfilar enquanto os telespectadores procuram as sílabas pelo corpo delas.
Eu, pessoalmente, não vejo problema algum nisso.
Mas não é estranho? Sim, porque o lógico seria colocar o clube das mulheres em massa no programa, e a cada joguinho ganho pelas mulheres eles davam uma piscada para a TV, e aí deixavam as loironas para um programa direcionado ao público masculino.
Se o mundo fosse normal, as mulheres que assistem o programa iriam se irritar depois de quinze minutos vendo uma morena seminua cantar: "Salve o tricolor paulista..." e rebolar em frente as câmeras.
Mas não, elas realmente passam suas tardes tentando ligar para o programa, gastando o que equivale uma ligação para Belo Horizonte, e ainda adoram! Elogiam cada uma das moças que aparecem e pedem para cantar os hinos.
Essa é uma prova clara que o mundo está de ponta cabeça. Logo logo os homems irão ligar para o Superpop para discutir com o Ronaldo Esper o porquê dele ter alfinetado o vestido da Ivete.
Parece que essa é uma questão que nunca será plenamente respondida. Talvez um dos grandes mistérios do mundo.

E sim, eu passei a tarde assistindo esse programa e me perguntando isso.

Teoria da Regressão das Espécies

Baseado em uma história real:

- Vem ver isso, é sério! - Disse a irmã em frente à tela do computador.
- O quê, o site da UOL? Grande coisa, eu entro nele todo dia.
- Não, olha só! Lê aqui, nesse quadrado bege.
- Deixe-me ver: "Policial analisa macaco que possibilitou o roubo do MASP"
- Incrível, não? Um macaco roubou o MASP! E olha só essa foto. Tudo bem, não tá numa definição muito boa, mas eu acho que aquilo do lado do policial é o macaco numa gaiola.
- Olha, ou esse macaco é muito inteligente ou a segurança do MASP é mesmo uma bosta.
-Você não percebe? Aqui está toda a prova que a humanidade precisou. Todas as dúvidas sobre o verdadeiro desenvolvimento do homem, se ele realemente veio do macaco, está tudo aí.
- Ai, lá vamos nós de novo...
- Pensa: Se um macaco pode roubar um museu, significa que ele tem o mesmo poder de raciocínio que um ser humano, ou seja, o desenvolvimento realmente ocorreu, e convenhamos, foi mais físico que intelectual, pois tanto homem como macaco têm a mesma idéia de roubar.
- É, até que você tem razão...
- E pensa, o macaco é realmente como nós. Ele rouba museus, vive em grupo, vai à Lua...
- O quê? O macaco que foi até a Lua foi o mesmo que roubou o MASP?
- Não, sua tonta. Eu estou generalizando, e como o homem veio do macaco, é como se um macaco "mais desenvolvido" tivesse ido à Lua, entende?
- Hum...não muito bem, pra ser sincera.
- Você vê as coisas de forma muito limitada.
- Mas olha só: Porque um macaco roubaria uma obra de um museu se ele não conseguiria trocá-lo depois por uma moeda que ele usasse, já que, sinceramente, o máximo que ele poderia fazer é trocar o quadro por um cacho de bananas bem maduras.
- Touché. Você tem razão. Bom, vamos ler a matéria inteira: "De acordo com um policial civil, um macaco hidráulico e um pé-de-cabra foram as ferramentas usadas pelos criminosos para invadir o Museu de Arte de São Paulo (Masp) na madrugada desta quinta-feira (20). Os ladrões levaram uma obra de Picasso e uma de Portinari. O circuito interno de TV filmou a ação, que durou três minutos, segundo a assessoria de imprensa do Masp..."
Segundos de silêncio e decepção rondaram o quarto.
-É...talvez eu tenha exagerado um pouco.
-Só você mesmo, viu? Confundir um macaco hidráulico com um chipanzé.
-Ah, você tem que admitir que na foto parece um macaco.
- Querida: a foto é um borrão! Se você descobrir a solução de mais algum problema mundial, estarei no meu quarto lendo "gloss".

E ambas voltaram as suas rotinas, enquanto alguns babuínos planejavam um novo ataque terrorista aos EUA.

terça-feira, janeiro 01, 2008

Amigo cão

Dizem que os cachorros tornam-se iguais aos donos.
Besteira, nunca acreditei nisso. Mas hoje, parando pra pensar, eu descobri que eu e Bibi temos muito em comum, tanto que chega até a ser estranho.
Primeiramente, minha cachorra odeia gatos. Não que isso seja uma grande e única característica, mas nada mais propício para a cachorra cujo dono dá meia volta ao encontrar um gato. E não é superstição não...É repulsa (perdão a todos os amantes de gatos que lerem isso).
Depois, minha cachorra é extremamente possessiva com as coisas dela, e rosna só de pensar que alguém pode querer pegá-las. Não que isso seja uma coisa boa, mas dependo do que for, eu rosno também.
Ela come como uma porca, em questão de segundos, e está alguns quilinhos acima do peso.
Eu como como um porco, em questão de segundos, mas graças a algum fenômeno físico inexplicável continuo no meu peso normal.
Ela não gosta de carinho, e se faz de durona, como quem não precisa de ninguém e se vira muito bem sozinha.
Mas é tudo mentira, no fundo, ela sente falta das pessoas que ama.
Eu também.
A Mari disse que somos orgulhosos, e eu , de certa forma, já sabia (mas era orgulhoso demais para aceitar).
Por fim, ela adora insetos, e eu também.
O problema é que comigo, eles acabam na mão, com ela, eles acabam no estômago.

É, começou.

Já é dia primeiro.
E eu só queria deixar registrado que eu realmente desejo um feliz ano novo a todos os: bombeiros, policiais, guardas, atendentes de farmácias, garçons, seguranças, enfermeiros e qualquer outro tipo de pessoa que trabalha em alguma profissão que os impede de passar o Ano Novo e o Natal ao lado dos amados.
É, o mundo não para nunca. Nem no Ano Novo.

E vejam só:
Já começa a acabar o primeiro dia desse ano.